O Maranhão talvez se constitua no mais agrícola de todos os Estados brasileiros. Há uma grande diversidade de ecossistemas dentro do Estado, cujos regimes de chuvas, cursos d’agua perenes, solos propícios, possibilitam ao Maranhão uma grande vocação para a produção de todos os itens que podem ser cultivados nos trópicos úmidos e sub-úmidos. Os biomas maranhenses posicionam-se em transição entre o Nordeste de terras secas e a Amazônia de terras úmidas. Estas características credenciam o Estado a ter condição de domesticação de praticamente todos os produtos vegetais e animais que podem ser domesticados em áreas de clima tropical. O lado amazônico do Maranhão e a sua imensa costa, a segunda maior do Brasil, e a presença de bacias hidrográficas ainda perenes, possibilitam a coleta de espécies animais e vegetais ainda silvestres, bem como a captura de diferentes tipos de pescados. O lado nordestino do Estado, o credenciam ao cultivo, à coleta, e à criação de espécies animais e vegetais que sobrevivem em características de regime pluviométrico limitado temporal e espacialmente.