RESUMO: O estudo objetivou aferir as desigualdades na apropriação da renda no Brasil, regiões e estados, bem como a assimetria em escolaridade. A hipótese central da pesquisa é demonstrar que existe uma relação de causa e efeito entre escolaridade e renda no País. Para atingir aos objetivos a pesquisa lança mãos dos dados brutos publicados pelo IBGE de PIB per capita em nível de municípios, estados, regiões e Brasil para 2005, bem como das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios (PNAD) cobrindo o período de 2001 a 2006. Estimam-se as escolaridades médias em todos os estados, regiões e Brasil, bem como as respectivas taxas de aceleração. Com base nessas informações projeta-se o diferencial de tempo necessário para que cada estado, região e o Brasil consigam incrementar um ano de escolaridade média. Através de regressão loglinear, o estudo afere a relação entre escolaridade média e PIB per capita. Os resultados confirmaram a grande assimetria que existe na escolaridade que prevalece nas regiões brasileiras e nos estados. Os desdobramentos dessa escolaridade média apontam que as áreas urbanas de todas as regiões e estados apresentam níveis críticos deste indicador de bem-estar social, notadamente nos estados mais pobres que estão situados nas regiões Nordeste e Norte. A pesquisa mostra que nos estados mais ricos a escolaridade tem taxa de aceleração mais lenta, mas devido aos níveis mais elevados, fazem com que o acréscimo de um ano de escolaridade média requeira menos anos letivos. O incremento do PIB per capita também apresenta uma maior resposta ao incremento de escolaridade nas regiões e estados mais ricos do que nos mais pobres. Por fim como conclusão da pesquisa, pode-se dizer que a permanecer os atuais padrões de assimetria, sobretudo na apropriação da escolaridade, as desigualdade de apropriação da renda tenderão a agravarem-se no Brasil. Palavras Chaves: Desigualdades, Renda, Níveis de Educação, Brasil.